As fantásticas gárgulas da Notre-Dame de Paris

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Edifício gótico construído na Idade Média, a catedral Notre-Dame de Paris possui diversas esculturas, dentre as quais há numerosas gárgulas. Durante a sua visita, descubra as surpreendentes, fantásticas e mesmo legendárias gárgulas da Notre-Dame de Paris! Você acompanhará tanto os vestígios dos mestres construtores e entalhadores de pedra da Idade Média quanto o extraordinário talento do escritor Victor Hugo.

As gárgulas da Notre-Dame velam a edificação

Gárgulas e quimeras velam a Notre-Dame - Caso você já tenha chegado perto da catedral Notre-Dame de Paris, certamente você percebeu, dentre a rica decoração das diferentes fachadas — entre arcos butantes e pináculos — esculturas estranhas com ares fantásticos. As gárgulas e outras quimeras são parte integrante da história da catedral e participam da alma do local.

Em primeiro lugar, as gárgulas têm uma função prática. A águas da chuva que escorre pelas telhas da Notre-Dame de Paris, deve ser evacuada sem escorrer pelas paredes para evitar estragá-las. Ao jogar a água da chuva longe da construção, as gárgulas protegem a catedral e evitam que o escorrer excessivo de água acabe estragando as pedras. Aliás, esta é a principal diferença entre as gárgulas e as quimeras. As primeiras servem para evacuar a água da chuva. Já as segundas têm uma função decorativa.

A função simbólica das gárgulas da Notre-Dame de Paris

Se as gárgulas protegem a edificação dos rejeitos do céu, evitando que a água da chuva escorra em demasia pelas paredes, elas também garantem a proteção simbólica do local. Figurando aspectos frequentemente assustadores, elas representam monstros oriundos dos bestiários fantásticos, animais selvagens, domésticos e até mesmo homens.  Tais monstros têm a função de manter longe das paredes santificadas, que abrigam os fieis, os demônios e as forças do mal que os amedrontam. Elas também permitem, ao direcionar a água suja para longe das paredes, garantir uma função purificadora.

O aspectos surpreendente dos monstros e o lado místico que os envolve não passou despercebido dos artistas que viam neles criaturas fabulosas, integrando-as as suas histórias.  Assim, Victor Hugo, em seu romance Notre-Dame de Paris, concedeu um espaço importante de sua histórias às gárgulas. Elas fazem referência, por causa de sua feiura aparente e função de salvação, ao corcunda Quasimodo.

Então, quando você visitar a Île de la Cité ou quando você estiver no Átrio da Notre-Dame, erga os olhos para o céu e admire as gárgulas: guardiãs solitárias e silenciosas da edificação que, há vários séculos, desafiam infâmias humanas, guerras e intempéries.

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